Controle de Pragas
Pragas urbanas são espécies de insetos e animais que invadem o ambiente urbano podendo picar, morder, danificar alimentos e objetos e ainda transmitir doenças ao homem provocando danos à saúde humana. Normalmente as pragas geram seus filhotes no inverno para se espalhar no verão, época onde as baratas, ratos, mosquitos, moscas, cupins, pombos, formigas e outros são mais vistos.
As pragas migram para as zonas urbanas buscando alimentação e abrigo, o que é proporcionado pelo próprio homem, quando esses mantêm ambientes sujos e quando depositam lixo em locais inadequados. Para controlar uma infestação de pragas urbanas, procure contratar uma empresa especializada, sempre aquela que tem licença de funcionamento expedido pela vigilância sanitária, com profissionais especializados, que usem produtos registrados no Ministério da Saúde, assegurando assim a saúde de sua família.
Abelhas
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Uma colméia de tamanho médio pode abrigar até 60 mil abelhas. Numa colméia, as abelhas possuem uma hierarquia: as operárias trabalham para trazer o alimento (polén e nectar), vigiar, limpar e cuidar das larvas. Os zangões (em pouca quantidade) têm a função exclusiva de fazer o acasalamento com a rainha e garantir a reprodução.
Toda colméia possui uma abelha rainha que é responsável exclusivamente pela reprodução. Ela é muito fértil e chega a botar mais de mil ovos por dia, podendo viver até 25 anos, enquanto uma abelha operária vive apenas dois meses, em média. Quando nascem duas abelhas rainhas, em uma única colméia, elas lutam até a morte para ver quem assumirá a exclusiva missão de garantir a reprodução da colônia.
As abelhas possuem cinco olhos: dois maiores na frente e três menores no topo da cabeça. Possuem também antenas sensíveis, dois pares de asas e uma língua para sugar o néctar das flores, que é o seu principal alimento. Sendo assim, são responsáveis pela polinização das plantas. Ao buscar seu alimento nas flores, levam junto ao corpo o pólen para outras plantas, possibilitando assim a reprodução das mesmas.
As abelhas produzem o mel dentro da colméia para servir de alimento. Uma abelha pode produzir, em média, cinco gramas de mel por dia. A geléia real também é produzida e serve de alimento para a abelha rainha. A criação de abelha como atividade lucrativa para produção de mel é chamada de apicultura.
Quando se sentem ameaçadas, as abelhas podem picar o animal utilizando o seu ferrão. A ferroada é dolorida e é injetado veneno. Embora este veneno seja inofensivo a grande parte dos seres humanos, pode levar a morte se uma pessoa for alérgica ou se uma pessoa não-alérgica receber ferroadas de grande quantidade deste inseto.
Aranhas
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As aranhas são o maior grupo de aracnídeos, que também compreende os ácaros, carrapatos e escorpiões. Existem cerca de 35000 espécies de aranhas no mundo.
São predadoras capazes de regular a população de outros artrópodes, principalmente insetos, e sendo assim muito importantes no ecossistema.
Muitas espécies de são fazem mal algum ao homem, mas acidentes graves podem ocorrer devido a picada de algumas espécies, como: aranha marrom (Loxosceles), aranha de jardim ou tarântula (Lycosa), a viúva negra (Latrodectus) e a aranha armadeira (Phoneutria).
As aranhas entram em residências acidentalmente, pois são levadas em caixas e objetos vindos da área externa, onde se escondem em locais escuros e secos, como atrás de armários e quadros, no meio de livros e caixas de papelão, nas roupas ou calçados, em forros, porões, sótãos. Vivem em quase todos os lugares sobre o solo e pedras, pilhas de tijolos, dentro de frestas, equipamentos, no meio da grama, em ramos e cascas soltas de árvores.
As aranhas são responsáveis por muitos acidentes e têm se mostrado um problema preocupante na saúde pública. Todavia, não são agressivas, só picam quando comprimidas contra o corpo.
A ação do veneno dessas aranhas manifesta-se em torno de 12 a 24 horas após o acidente. O local afetado apresenta inchaço e dor, como se fosse dor de queimadura. A vítima apresenta mal estar e náusea. Podendo ocorrer febre e o local da picada necrosar. Nos casos graves a urina fica com cor de coca-cola. Há risco de anemia e sérias alterações renais. A picada dói pouco, mas o veneno destrói glóbulos vermelhos, provocando uma ferida profunda.
Como contribuir para o controle de infestações por Aranha?
O fator mais importante na ocorrência de infestações está associado à área externa com o acúmulo de entulhos, mato, madeira, lixo, cascas de árvores, pedras, etc...
As aranhas podem ser controladas através da eliminação destes esconderijos, bem como pela rigorosa inspeção de materiais transportados da área externa para a interna e a vedação de frestas para evitar a sua entrada.
Baratas
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As baratas estão entre os bichos sinantrópicos que mais causam apatia no ser humano. A maioria das pessoas sente repulsão só de imaginar uma barata. Isso acontece porque as espécies que convivem com as pessoas nas cidades transitam pelos esgotos e são vetores de doenças.
Existem aproximadamente 5 mil espécies de baratas, das quais 1 mil são brasileiras. Muita gente não sabe que as baratas urbanas correspondem a 1% do total de espécies desses insetos - o restante são espécies silvestres.
Baratas do tempo dos dinossauros
Fósseis de baratas foram encontrados nas rochas calcárias da Formação de Santana, na região mineira de Santana de Cariri, datam de 112 milhões de anos, do período Cretáceo Inferior. Isso prova que esses insetos foram contemporâneos dos dinossauros.
Os fósseis mais antigos de baratas estão datados em aproximadamente 320 milhões de anos, do período Carbonífero. Esses registros são impressões em rochas pré-históricas - o padrão das nervuras presentes nas asas é característico de cada espécie.
As baratas são sobreviventes de todas as alterações climáticas e ambientais sofridas pela Terra em centenas de milhões de anos. Como uma fórmula "que deu certo", e de lá para cá elas não mudaram muito. Apresentam apenas variação no número de nervuras em suas asas e de espinhos nas pernas.
As espécies comuns no ambiente urbano são a Periplaneta americana, conhecida como barata cascuda ou de esgoto e a blatella germânica, conhecida como barata francesinha. As baratas urbanas vivem próximas dos seres humanos por três motivos: água, alimento e abrigo. São responsáveis por doenças como cólera, difteria, diarréias, toxoplasmose, toxinas, príons ou parasitas.
Curiosidade: A barata de esgoto tem seu nome científico de “periplaneta”, isto é, PERI quer dizer em volta e PLANETA o mundo, ela é uma praga que caminha em volta do planeta, há 400 milhões de anos.
Carrapatos
São parasitas externos que podem atacar animais domésticos, silvestres e o homem. Um carrapato fêmeo, na época de sua desova, pode depositar até 4.000 ovos, e são mais ou menos 800 espécies em todo o mundo.
Fixam-se em seus hospedeiros por um longo tempo alimentando-se de seu sangue e são responsáveis por doenças como a febre maculosa, cujos sintomas são dores musculares, de cabeça, náuseas, vômitos e manchas vermelhas pelo corpo, e a doença de lyme, que provoca mal-estar, fadiga, dor de cabeça, febre, calafrios e rigidez no pescoço.
Cupins
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As espécies de cupins, que são definidas como pragas urbanas, podem ser classificadas em três tipos quanto ao hábito de fazer ninhos:
• Cupins de Madeira Seca
• Cupins Subterrâneos
• Cupins Arborícolas
Essa classificação é muito útil no entendimento dos hábitos dos cupins, bem como no controle dos mesmos.
Cupins de madeira seca
Os cupins de madeira seca é o tipo mais conhecido. Eles são aqueles cupins cujas colônias localizam-se dentro da madeira consumindo-a como alimento, não havendo necessidade de ter contato com o solo. As colônias tendem a ser pequenas e há menor densidade de colônia por unidade de área. Outra propriedade marcante é que os cupins de madeira seca não nidificam, ou seja, não constroem ninhos exteriormente à superfície da peça infestada, nem constroem túneis para passagem de indivíduos. Limitando muito o espectro de exploração do ambiente desses cupins.
De onde eles obtêm água para viver?
Os cupins conseguem reter toda a umidade de que necessitam da madeira explorada. Eles preservam a umidade por meio da produção de pelotas fecais e roliças.
A grande maioria dos cupins de madeira seca pertence à família Kalotermitidae. Dentro deste grupo, destaca-se o gênero Cryptotermes. Atualmente, o gênero tem 47 espécies, sendo 13 da América. No Brasil, temos 03 espécies, todas elas introduzidas. No gênero Cryptotermes estão os cupins mais prejudiciais às madeiras beneficiadas.
As colônias de Cryptotermes são as maiores dentre os cupins de madeira seca. E mesmo assim alcançam apenas poucos milhares de indivíduos. É freqüente que colônias inteiras habitem mobiliários pequenos sendo facilmente transportados por esse motivo. Geralmente, estas infestações não são percebidas a olho nu. A totalidade dessas características faz com que estes cupins tenham fácil propagação para novas estruturas favorecendo o transporte e introdução da praga em regiões geográficas até então livres da infestação.
Eles comem e comem. E normalmente, em infestações prolongadas, quando a maior parte da madeira já foi consumida, restará apenas uma fina superfície intacta, quebradiças e talvez, poucas divisórias internas. A peça torna-se quase totalmente oca. No menos cuidadoso toque, tudo desmorona e quebra.
Dentre as espécies mais importantes, destaca-se Cryptotermes brevis que é bem representada no Brasil. Esta espécie é estritamente antropófila e nunca foi encontrada em ambientes naturais, afastadas do convívio do homem e de suas indústrias. Esses cupins não atacam árvores, ou madeiras abandonadas, só mobiliárias e construções protegidas pelo homem.
Construções antigas, por exemplo, é um prato cheio para elas, pois contém madeiramento estrutural (telhados, forros, vigamentos, madeiras embutidas nas paredes, paredes de madeira, pisos e etc.), madeiramento acessório (janelas, portas, batentes, ripas e etc.), todo o mobiliário (armários, escrivaninhas, mesas, cadeiras, bancos, balcões, bancadas, prateleiras, divisórias e cabides), peças de acervo e bibliotecas (livros, pilhas de papel, papelão e armários).
Os sinais da infestação são claros: grânulos fecais amontoados abaixo dos orifícios de expulsão são sinais evidentes. Outras manifestações são orifícios vedados ou encontrar asas espalhadas na área. Estas asas são naturalmente de indivíduos reprodutivos. Esses são sinais claros que podem indicar que já é momento de agir no controle contra o cupim. Em último caso, a fragilidade da peça pode indicar que há cupins dentro dela. Mas aí, pode ser tarde demais!
Cupins Subterrâneos
Os cupins subterrâneos, apesar de indicar que vivem em ninhos construídos no solo, também são capazes de habitar vãos estruturais das edificações.
O ninho dos cupins é oculto no solo ou dentro de cavidades e costumam também ter colônias maiores e conectam-se à madeira através de túneis. Se comparados ao tipo anterior, os cupins subterrâneos têm maior diversidade de hábitos. Este grupo de cupins abrange basicamente duas famílias: Rhinotermitidae e Termitidae.
Rhinotermitidae
Os Rhinotermitidae são representados basicamente pelos gêneros Coptotermes e Heterotermos.
No gênero Coptotermes, a espécie Coptotermes gestroi (sinônimo de C. havilandi) merece destaque. Originária do sudeste asiático, esta espécie foi introduzida no Brasil principalmente por meio de navios. Coptoterme havilandi é conhecido popularmente como “cupim de solo” ou “cupim de parede”. Sua presença é marcada nas épocas quentes do ano (agosto ao final do ano) e fazem grandes revoadas.
Coptoterme havilandi costuma construir ninhos do tipo composto. Cada unidade pode atingir grande tamanho e hospedar uma população significativa de cupins. Como por exemplo, podemos citar que em alguns edifícios são facilmente encontrados ninhos ditos aéreos, encontrado nos pavimentos mais altos e sem nenhum contato com o solo. Em geral os ninhos são cartonados construídos a partir de uma mistura de solo, partículas de madeira, saliva e fezes.
Os operários de Coptoterme havilandi são os mais numerosos e vivem de três a cinco anos. Os soldados têm cerca de 5 mm de comprimento e são facilmente identificados por possuírem cabeças amarelo-alaranjadas e mandíbulas com pontas finas e recurvadas. São bem agressivos e eliminam uma secreção leitosa na ponta da cabeça. Uma colônia demora cerca de seis anos ou às vezes menos para gerar indivíduos alados, que são liberados em vários dias consecutivos, normalmente entre 18 e 19hs. Uma colônia completa pode chegar até um milhão de indivíduos e a sua área de forrageamento (busca por alimento) pode ser enorme. A rainha dessa espécie pode viver cerca de 15 anos ou até mais.
Coptoterme havilandi ataca diversos materiais, principalmente madeiras, papéis, papelão, plásticos, reboco, couro, isopor, borracha, betume, gesso, árvores vivas e até mesmo metal. Porém, apenas os materiais celulósicos são digeridos. Os demais são expelidos.
O fato de poder danificar o metal traz a tona algo muito preocupante, pois os cupins costumam usar os condutos de eletricidade e telefonia como via de locomoção. Eles revestem esse caminho pela massa cartonada, podendo causar curto-circuito. Além disso, danos a cabos elétricos, telefônicos, interruptores, tomadas e caixas de energia também devem ser contabilizados. Esses cupins também podem infestar algumas árvores urbanas, como sibipirunas, tipuanas, palmeiras, amoreiras, flamboyants e pinheiros. Uma vez que eles atacam o cerne (interior) da árvore, esta se torna fraca e, com tempestades e ventos fortes, podem cair e provocar acidentes.
A mesma plasticidade não ocorre para as espécies do gênero Heterotermes. Neste caso, os cupins preferem se alimentar de madeira decomposta à madeira sã. São encontrados em madeiras moles de armários e guarda-roupas, papéis, papelão e outros derivados da celulose. Os ninhos desses cupins são construídos por galerias subterrâneas espalhadas e suas colônias são menores do que as de C. havilandi.
Os sinais mais evidentes da infestação por um membro da família Rhinotermitidae são: túneis de terra nas paredes das residências ou edificações infestadas, sinais de fezes e solo em madeiras infestadas e asas de alados nos locais de infestação. Além dessas, Coptoterme havilandi podem ser percebidos através de presença de ninhos em porões, caixões perdidos ou vãos e presença de túneis em árvores dos quintais, jardins ou ruas próximas às edificações infestadas.
Termitidae
O principal gênero dessa família é Syntermes. Os cupins dessa família são conhecidos popularmente como cupins de gramado, pois são muito freqüentes em gramados de jardins na área urbana. Nos cupinzeiros são observados os olheiros, que são aberturas para comunicação entre o meio interno e o meio externo. Os cupins acumulam pedaços de gramíneas e outros vegetais dentro do ninho. Algumas espécies de Syntermes têm ninhos constituídos por galerias subterrâneas profundas e esparsos, enquanto em outras o ninho começa subterrâneo e emerge à superfície do solo. Os soldados desse gênero são grandes e podem até ser confundidos com formigas. Eles têm hábitos noturnos.
Cupins Arborícolas
Os cupins de gramado cortam folhas e raízes de gramíneas, principalmente da grama que é plantada em muitos jardins e quintais de áreas urbanas. A infestação por esse tipo de cupim pode ser reconhecida, basicamente, por duas maneiras: amarelamento das gramas, acompanhado o fato delas secarem e morrerem, presença de aberturas dos quais saem cupins principalmente no período noturno.
Escorpiões
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Com aproximadamente 1.600 espécies, sendo mais de 140 no Brasil, os escorpiões existem há mais de 400 milhões de anos.
São carnívoros e possuem hábitos noturnos e crepusculares quando caçam e se reproduzem.
São animais carnívoros e têm geralmente hábitos noturnos e crepusculares, quando caçam e se reproduzem. Os escorpiões têm uma forma de se alimentarem característica, usando as suas quelíceras. Estas são umas pequenas garras que saem da boca, muito afiadas, que são usadas para retirar pequenos pedaços de alimento da sua presa e colocá-los na boca. O escorpião só digere alimentos em forma líquida, rejeitando qualquer matéria sólida (pêlo, exoesqueleto, etc.). Sua alimentação é baseada em insetos invertebrados, como: cupins, grilos, baratas, moscas e mutucas, e também de outro aracnídeo, a aranha.
Curiosidade: Quando há escassez completa de alimento, esta espécie pratica o canibalismo para sobreviver, ou seja, devoram seus semelhantes. Os escorpiões conseguem comer grandes quantidades de alimento, mas conseguem sobreviver apenas com 10% da comida de que necessitam, podendo passar até um ano sem comer, apenas consumindo muitíssimo pouca água, quase nada durante sua vida inteira.
Formigas
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Elas não são repulsivas como as baratas nem incomodam tanto como os pernilongos ou as moscas, mas, como esses insetos, as formigas urbanas são uma praga. Transmissor de fungos e bactérias, elas podem contaminar alimentos em casas e restaurantes e propagar doenças em hospitais. Por isso, precisam ser controladas.
As formigas que ocorrem em residências usam geralmente em sua alimentação o alimento desperdiçado pelos seres humanos que caem no chão, como açúcares, bolos, bolachas, cereais, frutas, etc. Além disso, outros insetos, vivos ou mortos, podem complementar a dieta.
Outra propriedade está relacionada à forma de reprodução. A maioria das formigas acasalam em pleno vôo, no chamado “vôo nupcial”, ao passo que o acasalamento das espécies urbanas acontece no interior do próprio ninho, muito provavelmente numa estratégia de defesa para evitar se expor a predadores. Essas formigas também não precisam construir seus ninhos. Elas usam frestas de madeira, tubulações elétricas e espaços ocos atrás de azulejos para formar suas colônias.
Ao contrário da maioria das espécies, as urbanas formam populações unicoloniais. A característica multicolonial faz as formigas da mesma espécie, mas de ninhos diferentes, disputarem o território entre si. As urbanas perderam a defesa colonial e circulam livremente entre vários ninhos, que, na média, têm de 2 mil a 4 mil indivíduos, sem contar as formas imaturas (larvas e jovens).
No Brasil encontramos cerca de 30 espécies consideradas pragas urbanas. Causam danos estruturais, danos a equipamentos elétricos e eletrônicos, dermatites, e principalmente disseminam através de suas patas bactérias, fungos e micróbios, causando doenças patogênicas, sendo responsáveis por mais de 15% das infecções hospitalares. Possuem várias rainhas, dificultando seu controle.
Moscas
Moscas são muito comuns em áreas rurais e urbanas. No ambiente urbano algumas espécies adaptaram-se bem às condições criadas pelo homem, mantendo uma dependência chamada de sinantropia. Algumas espécies são altamente sinantrópicas, isto é, possuem grande adaptação ao ambiente urbanizado, enquanto outras são pouco sinantrópicas, ou seja, não apresentam tolerância ao processo de urbanização. A mosca doméstica está entre as altamente sinantrópicas, que mede aproximadamente 14mm e vive em média 30 dias, podendo chegar a voar de 1000 a 3000 metros por dia.
Cerca de 150 mil espécies de moscas vivem em todo mundo se alimentando de sangue, excrementos, carne em decomposição, frutas e néctar. São responsáveis por doenças como a gastroenterite, causando diarréias, cólicas, intestinais e vômitos.
Mosquitos
São considerados vetores de uma série de microorganismos capazes de desenvolver doenças sérias.
As espécies mais perigosas são:
• Aedes aegypti: responsável pela transmissão da dengue.
• Aedes albopictus: transmissão de febre amarela e também da dengue.
• Anopheles: responsável pela transmissão da malária.
• Culex qulnquefasciatus: vulgo pernilongo, além do incômodo das picadas com processos alérgicos é também responsável pela transmissão da filariose (elefantíase).
Pulgas
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As pulgas são insetos de metamorfose completa. Ou seja, durante seu ciclo de vida apresentam as quatro formas clássicas: ovo, larva, pupa e adulto.
Cerca de 50% do problema são os ovos que são depositados pelas pulgas adultas no cachorro. Eles logo caem no ambiente e surgem dentro de 01 a 06 dias, formando as larvas que são aproximadamente 35% do problema.
As larvas possuem fototropismo negativo e geotropismo positivo, buscando assim lugares profundos e escuros para se protegerem da luz e ressecação se transformando em pupas dentro de 07 a 15 dias.
As Pupas possuem cerca de 10% do problema. Elas se assemelham ao casulo do bicho-da-seda. Como são pegajosas, partículas do ambiente grudam nelas tornando praticamente impermeáveis protegendo-as dos produtos de limpeza e de dedetizações. Além disso, elas podem permanecer no ambiente por até 06 meses, antes de se transformarem em pulgas jovens novamente, o que dificulta bastante seu controle ambiental.
E, por fim, somente 5% do problema são as pulgas adultas que estão no cachorro e que são visíveis. Elas conseguem pôr de 20 a 50 ovos por dia.
Roedores
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Mais da metade dos ratos vive de comida humana e ração.
Alimentos fornecidos pelo próprio homem, como: frutas, biscoitos e pães, comidas para cachorros, gatos e aves, são itens que alimentam ratos em 55% nas cidades. Evitar doenças como leptospirose e combater esses animais é o nosso objetivo.
Lixo, ração e comida
A Coordenação de Vigilância em Saúde constatou em uma pesquisa, que em 30,7% da ração para animais de estimação que estavam em potes são consumidas pelos ratos. Em 32,57% dos locais pesquisados, o lixo estava acessível aos animais. E 24,4% de outras fontes de alimento, como a comida dos moradores, frutas, biscoitos e pães que são deixados em locais de fácil acesso.
Segundo a pesquisa, notou-se que a oportunidade de abrigo para roedores nos vãos dos telhados são em mais de 40% das casas e outros tipos de prédios visitados. Os outros locais de moradia são frestas nas paredes com 15,93%, objetos abandonados com 15,78%, material de construção com 10,94% e entulho com 8,91%.
A forma de entrada dos ratos nos domicílios também foi explorada na pesquisa. Segundo a análise, as rotas utilizadas são os canos de esgoto, por onde passam normalmente as ratazanas, e os buracos nos muros e paredes, adotados por qualquer das três espécies de ratos urbanos e a maioria deles entra nos imóveis pelo alto, pelos cabos de eletricidade e telefonia.
As cidades convivem com três tipos de roedores: a ratazana, o camundongo e o rato de telhado. Destes, o rato de telhado é o que mais preocupante. Este tipo vive em telhados e forros de casa, conseguem andar sobre fios de luz e telefone, além de escalar paredes e subir em árvores.
Ração animal deixada em potes pela casa, frutas, biscoitos e pães são os itens preferidos deles.
Rato de Telhado
Tem grandes orelhas e cauda longas. Habita locais altos como sótãos, armazéns e forros, descendo ao solo em busca do alimento e raramente escava tocas. Possui habilidades como caminhar sobre fios elétricos e subir em galhos de árvores, além de escalar paredes, inclusive de tijolos ou blocos. Vive em média 1 ano e meio.
Ratazana
Costuma viver em esgotos, perto de galerias de águas pluviais e onde há lixo orgânico em abundância. Fica adulta em dois meses e consegue ter uma ninhada de filhotes a cada 21 dias. Em cada ninhada nascem de oito a 12 ratos. Vive em média 2 anos.
Camundongo
É o menor entre as três espécies urbanas de ratos. Vive dentro de imóveis, costuma fazer ninhos dentro de armários, fogões e despensas. Vive cerca de 1 ano.
Doenças
Estes animais transmitem cerca de 200 doenças, sendo:
• Tifo
• Sarnas
• Salmonelose
• Micoses
• Toxoplasmose
• Encefalite
Ressaltando-se a Leptospirose, uma doença infecciosa causada por bactéria. Sua transmissão se dá através da urina de ratos e os sintomas são: febre, dores de cabeça e no corpo, sensação de cansaço e calafrios, podendo até levar ao óbito.
Traças
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Sob o nome genérico de “traças”, estão três grupos de insetos reunidos em duas Ordens: as “traças dos livros” ou “traças prateadas”; e as “traças das roupas” e “traças de produtos armazenados” nas Ordens Thysanura e Lepidoptera, consecutivamente.
Em áreas urbanas podem infestar roupas, papéis, estofados, livros, frutas secas, grãos ou outros alimentos armazenados e muitos outros produtos manufaturados.
Suas preferências são por ambientes úmidos e apresentam hábitos diurnos e noturnos, sendo ativas à noite e escondendo-se durante o dia, evitando contato direto com a luz. Assim, ao acender-se a luz de um aposento, as traças são muito ágeis e escondem-se rapidamente em fendas ou atrás de móveis e quadros. Não existem registros de doenças transmitidas/causadas ao ser humano diretamente relacionado a esses animais.
Pacientes atópicos com rinite alérgica e/ou asma brônquica demonstram sensibilidade a aeroalérgenos, sobretudo ácaros. As traças-de-livro são potenciais fontes de alérgenos, mas estudos já estão em desenvolvimento para confirmar se são alergênicas e relacionadas a doenças alérgicas respiratórias.
Os ovos eclodem entre 10 e 60 dias dependendo da espécie, levando aproximadamente de dois a três meses para chegarem a fase adulta. Podem viver por até quatro anos. A prevenção e o controle de traças depende do monitoramento constante, ficando mais fácil de ser controlada.
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